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Associação dos Servidores da Polícia Civíl do Estado de Minas Gerais

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Trio é preso por assassinato de casal em baile funk

13.10.2020

A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou na manhã desta terça-feira, dia 02 de dezembro, na Delegacia Especializada de Homicídios do Barreiro, três homens suspeitos do assassinato de um casal. Israel Luciano da Paixão, de 32 anos, e os irmãos Robson Pereira Porto, de 26, e Wellington Pereira Porto, de 28, foram presos pela morte de Luana Aglaia de Souza, de 22 anos e Emerson Aparecido de Moura, de 36. O crime ocorreu em maio do ano passado, no Bairro Olhos D'Água.

Segundo os trabalhos da equipe de policiais do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), comandados pelo delegado Alexandre Oliveira, a motivação do crime seria uma dívida do ex-namorado de Luana com os autores, que comandam o tráfico na região. Mesmo morando no Bairro Milionários e não tendo mais nenhuma relação com o devedor, o trio resolveu descontar a raiva nos dois, quando os encontrou em uma casa de shows, comandada por eles, no Bairro Novo das Indústrias.

Souza e Emerson foram retirados do baile que serve de fachada para a venda de drogas, e colocados cada um em um carro. Os criminosos, mais conhecidos como Toquinho, Robinho e Lú, levaram as vítimas até o Anel Rodoviário, e lá, executaram os dois, com disparos na cabeça. Os envolvidos fugiram logo após, sendo os corpos encontrados algum tempo depois, às margens da rodovia, a uma distância, um do outro, de aproximadamente 1,5 quilômetro. Imagens das câmeras de segurança de uma empresa ajudaram nas investigações, principalmente, na identificação dos veículos.

Os investigadores se valeram ainda da perícia técnica que foi feita nos automóveis apreendidos, comprovando a presença de sangue do casal e objetos pertencentes ao mesmo. Uma corrente de prata do homem morto estava no porta-malas. Paralelamente, evidenciou-se que o trio é líder do tráfico de drogas em alguns bairros, sendo condenados por associação ao tráfico e lavagem de dinheiro. Agora, eles serão indiciados por homicídio qualificado. A pena, no Código Penal, é de 12 a 30 anos de reclusão.

Por fim, vale destacar a ameaça feita por Robson Pereira Porto ao delegado responsável pelo caso. Quando foi interrogado, o suspeito mostrou a tatuagem do personagem conhecido como "Demônio da Tasmânia", que faz alusão à morte, e disse que ela tinha sido feita em homenagem ao homem da lei, que seria assassinado. Essa atitude só atestou ainda mais a culpa dos meliantes. Wellington e Israel foram encaminhados ao Presídio São Joaquim de Bicas I e Robson levado ao Presídio São Joaquim de Bicas II.