A população de Santo Antônio do Amparo, na região Centro-Oeste de Minas Gerais, ficou em choque com o crime ocorrido na última terça-feira, dia 28 de outubro. O taxista José Campideli, de 92 anos, foi assassinado de forma brutal enquanto estava trabalhando. Ele foi visto pela última vez às 16h, quando saiu do ponto para atender um cliente. A partir daí, familiares e amigos não tiveram mais notícia do idoso.

Preocupados, eles acionaram à Polícia para começar as buscas, e elas foram eficientes. Em meio aos trabalhos, um parente da vítima viu o veículo de José circulando pela cidade, mas em posse de outra pessoa. Ele não conseguiu segui-los, mas a Corporação, após conversar com testemunhas e fazer o rastreamento, encontrou o carro abandonado em uma estrada da zona rural da cidade, no povoado de Guarita.

A perícia técnica foi chamada e começou a analisar os vestígios no automóvel. Foi aí que o alarme do mesmo disparou, atraindo para o local um dos envolvidos na morte de Campideli. Bruno Rodrigues, de 24 anos, veio até o veículo, e acabou preso em flagrante. Com base em depoimentos e imagens de um posto de gasolina, a PC ainda chegou a outro participante do crime: um adolescente de 14 anos.

Tanto Bruno quanto o menor foram levados para Delegacia para prestar esclarecimentos. Rodrigues deu várias versões distintas para a história, caindo sempre em contradição, até que assumiu o planejamento do roubo. Entretanto, ele afirmou que não tinha a intenção de matar o taxista. O delegado responsável pelo caso, Leandro de Prada Macedo, pediu a prisão preventiva do suspeito até o fim das investigações. 

O criminoso está no Presídio de Lavras, mas deve ser transferido para Cadeia de Bom Sucesso. Já o garoto, acompanhado pelos pais, não negou o envolvimento, explicando que auxiliou Bruno no homicídio de José. Por não ter sido detido em flagrante delito, o infrator teve que ser liberado. O próximo passo é ouvir familiares, amigos e pessoas próximas do taxista para encontrar novas informações. 

O corpo da vítima foi encontrado na madrugada desta quinta-feira, dia 30, em uma área afastada do Centro do município, próxima ao Aeroporto. Ele estava em uma vala e apresentava sinais de estrangulamento, hematomas e várias outras marcas de violência. Ficou claro que tratou-se de um crime de latrocínio, roubo seguido de morte, uma vez que ainda foram levados R$100 de Campideli. A pena é de reclusão, de 20 a 30 anos.

Foto: Arquivo pessoal