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Associação dos Servidores da Polícia Civíl do Estado de Minas Gerais

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Quadrilha que fraudava cervejas é presa em Contagem

13.10.2020

Há pouco mais de um ano informamos a prisão de nove pessoas em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por fraudarem bebidas alcóolicas. Na ocasião, aproximadamente 600 caixas de cerveja adulteradas foram apreendidas pela Polícia Civil. Nesta quarta-feira, dia 19 de novembro, a história se repetiu e mais cinco pessoas foram parar na cadeia pelo mesmo crime, que acontecia no mesmo município mineiro.

Segundo as investigações, que tiveram início há cerca de um ano, a quadrilha era especializada em comprar cervejas de marcas mais baratas e substituir os rótulos e as tampinhas por marcas mais famosas e que tem um consumo muito maior, como é o caso da Skol e da Brahma. As mesmas eram comercializadas sem nota fiscal com bares de pequeno porte de toda a Grande BH e por um valor muito abaixo do de mercado, o que dificultava a concorrência com as outras empresas.

A adulteração das cervejas acontecia em um galpão, no Bairro Derci Ribeiro. A loja onde funcionava a distribuidora de bebidas não tinha placa e, como estabelecimento clandestino, emitia notas fiscais frias. Na localidade, quatro dos cinco envolvidos foram detidos. O outro meliante foi encontrado na Ceasa. Os agentes ainda apreenderam os rótulos das bebidas da Ambev, tampinhas e máquinas de pressão.  

O delegado Tarso Gonçalves da Silva Castro, responsável pelo caso, acredita que esta é apenas uma parte de uma facção criminosa enorme, que atua nos quatro cantos do Brasil e fatura milhões "enganando" os consumidores. Espírito Santo, São Paulo, Goiás e Tocantins são alguns estados nos quais a Corporação tem quase certeza que a mesma fraude acontece.

Os homens, indiciados pela adulteração da cerveja, responderão por falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios, de acordo com o Código Penal. Além disso, serão responsabilizados criminalmente por formação de quadrilha, sendo que a soma das penas pode chegar até a dez anos de prisão. Outros cinco integrantes do grupo estão foragidos.

Foto: Globo Minas