ASPCEMG

Associação dos Servidores da Polícia Civíl do Estado de Minas Gerais

Rua dos carijós 150, 9ºandar - centro BH/MG

Publicitários presos injustamente.

13.10.2020

No último dia 24 de agosto, dois publicitários autônomos do JORNAL SEGURANÇA, Órgão Informativo Oficial da Associação dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, foram convidados por policiais militares para os acompanharem até o Quartel da PM na cidade de Jaboticatubas, ali permanecendo de l4 até às l8h30m, sob a alegação de estarem sendo averiguados possíveis crimes cometidos por eles naquela cidade. Como às l8h30m o expediente da Delegacia de Polícia Civil já havia sido encerrado, ambos foram levados para a Regional de Santa Luzia, sendo apresentados à autoridade Policial, e autuados em flagrante sob a alegação de estarem se passando por policiais civis. Ora, os dois publicitários são pessoas comprovadamente idôneas, não havendo nada que desabone a conduta dos mesmos. Portavam credenciais de publicitários autônomos do JORNAL SEGURANÇA, além de exemplares do periódico, uma vez que alí estavam vendendo espaço publicitário para o JORNAL. No período em que estiveram ilegalmente mantidos presos no quartel, os policiais militares percorriam a cidade e seus distritos, tentando “fabricar” supostas vítimas. Devemos “parabenizar” os policiais que fizeram este excelente trabalho, que ao invés de estarem preocupados com os verdadeiros bandidos, pegaram dois pobres coitados trabalhadores e pais de família. Por certo, os publicitários foram bem recebidos na Serra do Cipó pelos comerciantes, dos quais destes, somente dois se propuseram a tomar parte no auto de prisão em flagrante. Não bastasse todo este constrangimento, o impedimento de trabalharem, e o seu direito de ir e vir. Um dos publicitários quase veio a óbito, isto dentro do presídio, pois foi impedido de tomar sua dose de medicação de controle do diabetes, vindo a ser medicado no Hospital de Jaboticatubas com urgência.

A Associação dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, assim que tomou conhecimento dos fatos, providenciou a liberação dos dois publicitários autônomos, junto à autoridade Judiciária da cidade de Lagoa Santa. Infelizmente, nota-se por parte dos policiais militares de Jaboticatubas, que é mais fácil abordarem pessoas de bem, trabalhadoras, que não portam armas, não reagem, não oferecem qualquer tipo de ameaça, do que abordar o marginal dito da “pesada”, armado e disposto a tudo. Os dois publicitários, sem nenhuma experiência com este tipo de ação por parte de homens fardados da Polícia Militar, jamais deveriam ter entrado no quartel sem uma representação formalizada contra ambos. Pecaram e muito. Onde é que ficaram os seus direitos de “ir e vir”? Este fato abalou as estruturas da Associação da Polícia Civil, que completou 55 anos de serviços prestados à sociedade e aos policiais civis associados. Entende a direção do JORNAL SEGURANÇA, com seus 47 anos de bons serviços prestados, e que tem como seu editor geral, Kid Moreira, que sempre foi capaz, como profissional, de “farejar” de longe e definir notícia verdadeira, e a de fatos inverídicos, iguais a estes atribuídos aos seus dois publicitários autônomos. Futuramente, se as forças da Segurança Pública vierem a molestá-los, deverá ser impetrado um habeas corpus preventivo para lhes garantir o que de direito. Existem pontos fundamentais que devem ser abordados, e merecem reflexão das autoridades. As publicidades de todos os comerciantes foram publicadas, até a dos que se envolveram como testemunha “arranjada” pelos policiais militares. Os publicitários deram o recibo a todos àqueles anunciantes. Sinceramente o que houve de errado? O que vale dizer é que ainda tem muita gente honesta, e que não compactua com atos e fatos desta natureza, que por si só vem demonstrar como agem determinados policiais, que ainda não aprenderam distinguir o bem do mal e não sabem avaliar o estrago que conseguiram causar com suas “trapalhadas”. Uma lástima! Consta ainda, que os dois publicitários foram tratados como verdadeiros marginais pelos integrantes da PM, comandados por um tenente que os manteve em regime de cárcere privado dentro do Quartel, ou Batalhão. Agora, somente a Justiça irá mostrar a “verdade verdadeira”, que aparecerá em audiência, e por certo, todos devem ser ouvidos no julgamento destes dois infelizes que foram humilhados, algemados e tratados como verdadeiros bandidos. Seja o que Deus quiser. Acreditamos na justiça para reparar este dano praticado contra dois trabalhadores que tiveram suas honras aviltadas.