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Associação dos Servidores da Polícia Civíl do Estado de Minas Gerais

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Prostíbulo é fechado pela Polícia Civil em Belo Horizonte

13.10.2020

Três pessoas foram presas pela Polícia Civil na última quarta-feira, dia 11 de junho, suspeitas de participarem de um esquema de prostituição no Bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte. Os irmãos José Carlos Souza Sá e Maria de Souza são apontados como os proprietários da casa que funcionava com o nome Fantasia: Boate Fascinação. Marcos Roberto Pereira era o gerente do estabelecimento.

As investigações, que começaram há cerca de 15 dias, depois de uma denúncia anônima, foram feitas pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e comandadas pelas delegadas Cláudia Sadi, Cristiane Ferreira Lopes, Elizabeth Assis Freitas e Margareth de Assis Freitas. Segunda elas, as mulheres eram atraídas por anúncios em jornais. Ao procurarem “emprego”, eram “entrevistadas” e começavam a trabalhar.

Para entrar no local, uma casa aparentemente “normal” por fora, o valor era de R$60 e o programa das garotas valia R$270 a hora. No momento do cumprimento dos mandados de busca e apreensão, que resultaram nas prisões, cerca de 15 prostitutas estavam disponíveis e outras quatro em quartos com homens. Os investigadores apreenderam preservativos, cerca de R$ 4 mil em dinheiro e a mesma quantia em cupons de pagamentos feitos em cartões.

A boate movimentava cerca de R$ 10 mil por dia e dava até nota fiscal, para os clientes serem ressarcidos por suas empresas. Funcionando há 16 anos, o prostíbulo tinha um horário fixo, das 14 às 20h, entretanto, durante a Copa do Mundo, ele estaria aberto 24 horas por dia na expectativa de um bom faturamento. Para despistar a Polícia, no cartão de visitas, com o endereço do local, estava o nome de um lava-jato.

Marcos atendia e orientava os clientes sobre o funcionamento da boate, além de receber os pagamentos e coordenar a segurança. Maria de Souza ficava no escritório, aos fundos. Os envolvidos serão processados por crimes de induzir pessoas à prostituição, manter estabelecimento de prostituição e tirar proveito de prostituição alheia. Apesar da acusação, os criminosos negam tudo, alegando tratar-se apenas de um motel.

Foto: Jair Amaral