A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), prendeu, no último dia 12 de dezembro, e apresentou, nesta segunda-feira, dia 16, Juliano Oliveira Silva, de 31 anos, suspeito de pelo menos oito estupros em Belo Horizonte e Sabará.
O homem que cometia os crimes desde 2010 se passava por funcionário de lojas de eletrodomésticos ou de uma operadora de TV a cabo, alegando estar a serviço para realizar um conserto. Dessa forma, entrava nas casas das vítimas e lá agredia as meninas, com idades entre 13 e 17 anos, amarrava-as com fios, amordaçava-as, jogava-as no chão e as violentava sexualmente.
Juliano ainda tentava asfixiar as jovens antes de ir embora com laptops, celulares, câmeras e outros objetos de valor que encontrasse na residência. Alguns ele guardava de recordação, outros vendia. Fora as menores, uma mulher de 23 anos também disse ser vítima do estuprador. Em um dos casos, o criminoso chegou a esfaquear uma adolescente.
Fazendo as investigações, a Corporação conversou com as garotas e percebeu que as características e o local de atuação eram o mesmo e, portanto, se tratava de um único homem. Todos os incidentes aconteceram na Região Nordeste da Capital e Sabará, incluindo os bairros Nazaré, Ribeiro de Abreu, São Bernardo e Heliópolis, além do bairro Alvorada.
Identificado, Juliano foi preso no frigorífico onde trabalhava e até então era visto como uma pessoa normal e trabalhadora. Na Delegacia, foi reconhecido por duas mulheres e acabou assumindo os crimes. A delegada Andréia Aparecida Alves da Cunha Soares, que presidiu o inquérito, acha que agora, com a divulgação da imagem, outras vítimas irão denunciá-lo.
Ela ainda afirmou que as meninas eram escolhidas aleatoriamente e que solicitou à Justiça que decretasse a prisão temporária do suspeito. O pedido foi acatado e Juliano encaminhado ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) da Gameleira. O homem será indiciado por estupro, roubo e tentativa de homicídio.
Foto: Divulgação/Polícia Civil