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Associação dos Servidores da Polícia Civíl do Estado de Minas Gerais

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Confins: presidente da Câmara é preso por fraude

13.10.2020

Suspeito de fraudar licitações para favorecimento próprio, o presidente da Câmara Municipal de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi preso na manhã desta segunda-feira, dia 29 de setembro. O vereador Aladir José de Souza, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), fazia acordo com os outros licitantes para favorecer as suas empresas, fornecedoras de produtos e serviços, que estão no nome de "laranjas".

Segundo o delegado responsável pelo caso, Jonas Tomazzi, durante a operação "Lavagem 1", os policiais flagraram uma dessas reuniões fraudulentas que ocorria antes do início do pregão para apresentação de propostas, no próprio pátio da Prefeitura da cidade. Todos os 15 envolvidos no processo, entre eles Aladir, foram levados para delegacia para prestar esclarecimentos. Apenas três foram autuados, dois pagaram fiança e foram liberados, enquanto o político permaneceu detido.

O esquema, segundo uma das testemunhas, ocorria há seis anos e o parlamentar oferecia vantagens para empresas que não participassem da disputa. Foram seis meses de investigação para chegar ao suspeito, que coagia os concorrentes com o percentual de 3% do valor das licitações referentes à prestação de serviços na área de informática. Na última delas, o vereador venceu uma licitação no valor de R$130 mil para fornecer folhas e cartuchos de impressora para a Prefeitura do município.

No momento da ação da Corporação, houve confusão e protestos dos moradores pedindo para descobrir o rosto do parlamentar que estava coberto com uma camisa. Repórteres e cinegrafistas foram empurrados, e um homem que tentou se passar por policial para impedir o trabalho dos jornalistas também acabou preso em flagrante.

Além disso, os agentes apreenderam todos os documentos da licitação desta segunda. Aladir de Souza foi ouvido, entretanto, na maioria das perguntas respondeu que só falaria em juízo. Ele foi levado para o presídio de Vespasiano e responderá por corrupção, fraude em licitações e falsidade ideológica.

Foto: Reprodução/TV Globo