A Polícia Civil de Uberlândia solucionou o inquérito do menino de nove meses morto na casa da babá no último dia 10 de abril. A delegada regional, Márcia Regina Pussoli e o delegado de Homicídios, Bernardo Pena Salles, apresentaram à imprensa os resultados. Segundo eles, o padrasto e a mãe da criança chegaram à casa da mulher de 37 anos, às 7 horas. Como ela estava no banheiro, o casal deixou o bebê aos cuidados de sua filha em uma cama. A garota, de apenas 11 anos, descuidou-se, e o menino rolou até cair de testa no chão. Tentando socorrê-lo, a jovem deixou-o cair novamente, dessa vez de nuca, devido ao choro intenso e ao tanto que ele se mexia. A babá ficou sabendo do ocorrido, entretanto não fez nada, só colocou a criança dormindo no carrinho em um lugar da casa e foi para a cozinha. Já era mais de 13 horas quando a mulher, ao ir atender o interfone, percebeu que o garoto estava pálido, virando os olhos e com os braços abertos. Ele foi levado às pressas para uma Unidade de Atendimento Integrado (UAI) no bairro Tocantins e em seguida para outra no bairro Luizote de Freitas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu de traumatismo craniano grave. A mãe e o padrasto responderão por homicídio culposo, quando não há intenção de matar e também por omissão. Já a babá, responderá por homicídio doloso, quando há intenção de matar, uma vez que sabia o que havia acontecido, mas não fez contato com os pais nem com o serviço de urgência. Além disso, será autuada por omissão, por deixá-lo longe de seu campo de visão, mesmo ciente dos ferimentos. A mulher não foi presa por ter profissão, residência fixa e não ter passagens pela Polícia. Agora cabe ao Judiciário analisar e punir devidamente os envolvidos.