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Associação dos Servidores da Polícia Civíl do Estado de Minas Gerais

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Polícia investiga morte de pai e filha no Sul de Minas

13.10.2020

Moradores da pequena cidade de Bom Jardim de Minas, no Sul do Estado, ficaram chocados com o crime ocorrido no último final de semana. O taxista Natanael José Landim, de 40 anos, e sua filha de apenas cinco, Gabriele de Souza Landim, foram encontrados mortos, com os corpos carbonizados, em uma estrada de terra perto de Santa Bárbara do Monte Verde, na Zona da Mata de Minas Gerais, município localizado a mais ou menos 70 quilômetros da terra natal das vítimas.

Tudo começou por volta das 19h30 de sábado, dia 17 de janeiro. Na ocasião, Natanael recebeu a ligação de uma mulher solicitando uma corrida até Capelinha do Pacau, na zona rural. Como era um lugar perto e supostamente o homem conhecia a pessoa para quem prestaria o serviço, decidiu levar Gabriele para passear um pouco. Passaram-se muitas horas, e o marido e a filha não voltavam. Foi então que a esposa de Landim começou as buscas, contando com o auxílio de amigos próximos e parentes, além da Polícia Militar, que foi acionada rapidamente.

Carros e motos fizeram o trajeto até Pacau, imagens foram divulgadas nas redes sociais, mas nenhuma notícia dos desparecidos. Já no domingo, em Lima Duarte, cidade que fica a cerca de 50 quilômetros de Bom Jardim de Minas, o Fiat Uno branco de propriedade de Natanael foi encontrado no povoado de Manejo, completamente queimado. Os policiais dos dois municípios ligaram os fatos e perceberam que tratava-se de um único crime, que foi cometido em um local e as pistas deixadas em outro.

A Polícia Civil logo começou as investigações para identificar os responsáveis pelas mortes. Em um primeiro momento foi realizada a Perícia Técnica, na qual ficou constatado que pai e filha foram mortos a tiros. Depois, os criminosos atearam fogo nos corpos com gasolina. O delegado responsável pelo caso, Márcio Savino Lopes, ainda aguarda o resultado de outros exames, que podem ajudar nos trabalhos, e não exclui nenhuma suposição: "Trabalhamos com a possibilidade de latrocínio, mas também não descartamos o homicídio", comentou em entrevista coletiva aos jornalistas.

Duas equipes da Corporação de Rio Preto, também na Zona da Mata, trabalham em tempo integral para solucionar esse caso. O objetivo é prender o mais rápido possível os responsáveis pela execução de um trabalhador, que segundo o ciclo de convivência, não tinha nenhuma inimizade, e de uma menina tão nova e inofensiva. A mãe da criança e a avó, que precisaram ser medicadas para conter a tristeza e o terror pela perda, esperam uma resposta enquanto tentam se recuperar ao lado de outros familiares.

Foto: Polícia Militar/Divulgação