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Associação dos Servidores da Polícia Civíl do Estado de Minas Gerais

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Polícia conclui que mãe matou filhas em motel em Itabira

13.10.2020

A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou nesta segunda-feira, dia 12 de janeiro, por meio da Perícia Técnica, que as meninas encontradas mortas em um quarto de motel no Bairro Ribeira de Cima, em Itabira, na Região Central do Estado, foram a óbito em virtude de asfixia. O crime aconteceu no domingo, dia 11. A mãe das crianças, responsável pelo homicídio, depois de tirar a vida das filhas, se enforcou com uma corda no banheiro do estabelecimento e ainda escreveu um bilhete em um pedaço de papel.

O recado dizia o seguinte: "Meu ex-marido acabou com a minha vida e das minhas filhas". Além da frase, constava o telefone do homem. Durante a investigação, a Corporação encontrou ainda mensagens aos amigos em um aplicativo de celular chamado WhatsApp. Em um áudio, ela pediu desculpas aos que eram mais próximos e mais uma vez culpava o ex-companheiro pelo sofrimento, acusando-o de enviar ameaças e de colocar as próprias filhas contra ela.

"Não tenha dúvida que eu amo minhas filhas" e "Agora acabou" foram os últimos dizeres da enfermeira Ana Flávia Marques Teixeira, de 34 anos. Segundo uma funcionária do motel, a mulher chegou no local com as crianças às 3h51, e solicitou no serviço de quarto uma caipivodca, um espeto de frango, um suco e um banho de espuma. Além disso, pediu para que fosse chamada às 17h pela recepcionista. No horário desejado, ligaram para o quarto várias vezes, mas ninguém atendeu.

Por baixo da porta, a atendente conseguiu ver um dos pés da cliente, já roxo e estático, e correu para pegar a chave reserva. Abriu a porta e se deparou com as três mortas: as garotas em cima da cama, sendo uma em um bebê conforto, e a mãe pendurada no suporte da toalha. Segundo a delegada Juliana Alencar, responsável pelo caso, as crianças não foram esganadas, mas sim sufocadas por um cobertor ou travesseiro, uma vez que não há marcas no pescoço de nenhuma das duas.

A Polícia ainda fará exames toxicológicos para confirmar se Ana dopou as meninas e ela mesmo antes de cometer o crime. As evidências apontam para um resultado positivo: um frasco de calmante, utilizado para deixar as vítimas fora de si foi encontrado no veículo da enfermeira e uma seringa ainda foi localizada na suíte. Teixeira e o ex-marido brigavam frequentemente na Justiça pela guarda das filhas, de quatro anos e 10 meses, o que fez a mulher desaparecer com elas no último mês de dezembro. 

Foto: DeFato Online