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Associação dos Servidores da Polícia Civíl do Estado de Minas Gerais

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Armamento: Polícia Civil troca calibre 38 por pistola .40

13.10.2020

Agentes, escrivães e delegados da Polícia Civil de Minas Gerais ficarão mais fortes no combate ao crime a partir de agora. Isso porque as armas antigas estão sendo trocadas por outras mais tecnológicas, que há muito já são encontradas em mãos criminosas. Aos poucos, o revólver calibre 38 está cedendo lugar à pistola semiautomática calibre .40, o que já aconteceu em quase toda a tropa da Polícia Militar do Estado.

A primeira diferença entre os dois tipos de armamento está no número de tiros. Enquanto a calibre 38 vai de cinco a nove, conforme o tambor, a pistola .40, nos modelos com três carregadores e 12 munições em cada, pode garantir 36 disparos em um tempo curto. Outra inovação está na força do impacto, que é duas vezes maior que a da primeira, sem contar a recarga, que é muito mais rápida: pela troca do carregador.

Os dispositivos de segurança e a melhor ergonomia são outros fatores que fazem com que as armas atuais exerçam um papel mais qualificado. O risco de acidentes é menor porque a pistola tem trava de segurança e o seu desenho mais anatômico, tem melhor empunhadura e conforto tanto na cintura quanto no coldre. Até hoje, quando se carregava a arma por muito tempo gerava um desconforto. 

Por questões de segurança, a Corporação não tornou público qual a quantidade de armas adquiridas e quais os modelos. Certo é que os revólveres obsoletos estão sendo trocados pelos mais modernos, não por questões funcionais, mas porque a criminalidade no Brasil chegou a um ponto onde já vimos apreensões de armas de guerra usadas na Síria e no Iraque, como metralhadora de calibre .50 e fuzil 5,56mm.

Vale ressaltar que essa alteração já começou há seis anos, uma vez que os policiais que se formaram na academia de lá para cá têm rebido as semiautomáticas no lugar do calibre 38. Entretanto, como não houve uma mudança completa e a apreensão de armas de janeiro a setembro deste ano foi 31% maior que no mesmo período do ano passado, mais unidades estão sendo adquiridas para substituir as armas velhas.