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Associação dos Servidores da Polícia Civíl do Estado de Minas Gerais

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Polícia Civil deflagra Operação Sanguinello

13.10.2020

Esquemas de sonegação fiscal envolvendo empresas atacadistas de alimentos e bebidas foram desarticulados na última semana pela Polícia Civil de Minas Gerais por meio da Operação Sanguinello. Belo Horizonte, Betim, Contagem, Divinópolis, Itaúna e até Vila Velha, no Espírito Santo, foram alvo das abordagens.

A Corporação, entretanto, não trabalhou sozinha. O Ministério Público mineiro, o Ministério Público capixaba, e as Secretarias de Estado de Fazenda dos dois Estados também estiveram envolvidos, num total de 62 auditores fiscais, 60 policiais civis, dois delegados, 50 militares do Espírito Santo e sete promotores de Justiça.

As investigações começaram durante a Operação Concorrência Leal, realizada em 2013, cujos alvos eram estabelecimentos da Ceasa/MG. Analisando os documentos apreendidos e informações dos computadores das empresas, foi constatado um esquema muito maior de sonegação fiscal.

Dessa forma, uma importadora de bebidas sediada em Vila Velha emitia notas fiscais para encobrir a venda de produtos para o Distrito Federal e outros estados brasileiros. Essa mercadoria, no entanto, era descarregada em território mineiro, nas empresas da Ceasa/MG.

Para explicar a entrada dessa quantidade e acertar o estoque, os empresários usavam documentos fiscais frios de empresas fictícias, a maioria sediada em Itaúna. Para se ter ideia, um homem apenas, era proprietário de mais de dez dessas empresas.  

Segundo o delegado responsável pela Coordenação de Apoio ao MP, Denílson dos Reis Gomes, as investigações mostraram que só uma das quadrilhar causou um prejuízo de mais de R$120 milhões aos cofres públicos. Desse montante, R$63 milhões já foram recuperados pelo fisco. Na Operação, três indivíduos foram presos em Minas e outros dois no Espírito Santo.