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Associação dos Servidores da Polícia Civíl do Estado de Minas Gerais

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Pedro Leopoldo: quadrilha é presa por "delivery de drogas"

13.10.2020

"Delivery de drogas", essa expressão explica bem o trabalho que era realizado pela quadrilha presa e apresentada pela Polícia Civil de Minas Gerais nesta quinta-feira, dia 11 de dezembro. O grupo comercializava entorpecente em Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, além de Sete Lagoas e Matozinhos, sempre da mesma maneira: em uma motocicleta, os criminosos entregavam a maconha e a cocaína encomendadas na casa dos clientes.

A investigação, que teve início há cerca de seis meses, se desdobrou na detenção de dez pessoas, sendo três mulheres e sete homens. Entre eles, inclusive, estava o chefe da quadrilha, Mavisson Bruno Maia Botelho, de 26 anos. Ele, por mais estranho que pareça, foi o primeiro a ser preso, ainda em setembro. A Corporação se valeu de escutas telefônicas dos meliantes para identificar os envolvidos, que usavam códigos para se comunicar: madeira significava maconha, enquanto brinquedo fazia alusão à arma.

Os investigadores monitoraram Mavisson e organizaram uma ação para prendê-lo. Mesmo em uma viatura descaracterizada, o homem, com vasta experiência, percebeu que seria abordado, e começou a atirar no veículo, fugindo para um matagal com um comparsa. Foram mais de cinco horas e muito trabalho até Botelho se entregar, com aproximadamente 4,5 quilos de maconha e uma pistola 9 mm.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Daniel Buchmüller de Oliveira, Mavisson era o fornecedor da droga, ou seja, ele trazia o peso para os traficantes intermediários. Estes, por outro lado, faziam a dolagem, melhor dizendo, embalavam os entorpecentes para a venda. Antigo conhecido da Polícia, o líder da quadrilha andava com um rádio que sintonizava a frequência da Polícia Militar.

Todas essas pessoas serão indiciadas por tráfico de drogas e associação para o tráfico, de acordo com o Código Penal Brasileiro. Enquanto aguardam o trâmite do procedimento, Mavisson e o outro chefe foram encaminhados à penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem. As mulheres estão no Ceresp Centro-Sul e os demais envolvidos no presídio de Pedro Leopoldo. As investigações sobre o caso continuam, uma vez que quatro mandados de prisão ainda não foram cumpridos.

Foto: Polícia Civil