A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) concluiu nesta quarta-feira, dia 26 de março, o inquérito de um assassinato ocorrido dia 23 de junho de 2011.
Tudo começou quando André Elias Ferreira, de 40 anos, conheceu a irmã de Luiz Antônio Caos, de 52, na empresa da família dela. O relacionamento se fortaleceu e eles se casaram. Após contraírem matrimônio, entretanto, André passou a alertar a esposa e o sogro sobre a forma fraudulenta com que o herdeiro vinha administrando a madeireira. Ferreira ainda ajudou o pai de sua mulher a despejar o filho da sede da Macal. Revoltado, o homem passou então a ameaçar o cunhado, já que a herança disputada pela família gira em torno de R$100 milhões.
Segundo os delegados Wagner Pinto e Frederico Abelha, responsáveis pelo caso, o amigo e parceiro comercial do mandante do crime, Ivens José Lombardi, foi seu cúmplice na ação, assim como João Alves Moreira Neto e Jeremias Eufrânio da Silva, sendo este último apontado como autor dos disparos. Um quinto envolvido, Pedro Carlos de Freitas Ferreira Alves, está foragido.
André viajava com a mulher e o filho, de quatro anos, quando parou em uma lanchonete em Itatiaiuçu, às margens da BR-381. Sem saber que estava sendo seguido, a vítima voltou para o carro, colocou a criança no banco de trás e foi chamado pelo seu nome. Assim que se virou, dois disparos vindos de um revólver calibre 38 o atingiram, levando a óbito.
As investigações apontaram que Luiz Antônio procurou o empresário Ivens José, proprietário de uma transportadora em São João Del Rei, para ajudá-lo no assassinato do marido da irmã. Lombardi se responsabilizou pela negociação com João Alves que, por sua vez, contratou os dois executores. De acordo com um dos interrogados pela Corporação, João Alves recebeu R$5 mil e Jeremias e Pedro, um total de R$ 20 mil. Os quatro suspeitos estão presos preventivamente e aguardam julgamento.
Foto: Record Minas