A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou nesta terça-feira, dia 12 de março, os cinco envolvidos na morte da funcionária pública Andrea Araújo de Almeida, de 34 anos.
As investigações realizadas pelo 18º Departamento de Poços de Caldas em parceria com o Departamento de Investigações de Crimes Contra o Patrimônio (DICCP) levaram ao ex-companheiro da vítima, o empresário João Batista dos Reis, vulgo João do Papelão, de 54 anos e outros quatro comparsas, que receberiam R$50 mil para realização do assassinato.
Eles foram identificados como Ednilson Martins de Souza, mais conhecido como Paulista, de 37 anos; sua esposa Liliane Gonçalves da Silva, de 29, faxineira da casa de João; além de Luciano Monteiro Santos, o Galego, de 39, e de Márcio da Silva Santos, que tem o apelido de Negão, de 29 anos. Os dois últimos foram contratados pelo casal e vieram de Cândido Sales, na Bahia, apenas para matá-la.
O delegado Hernanni Perez Vaz foi quem comandou os trabalhos que apuraram e reconstituíram o crime. De acordo com os resultados, Andrea foi abordada por dois dos homens na noite do dia 15 de janeiro, quando dirigia seu carro em direção à sua casa.
A mulher falava ao telefone com a irmã, quando os criminosos mandaram-na parar o veículo, descer e ir com eles, pois aquilo era um sequestro. Do outro lado da linha, em desespero, a irmã ouvia tudo que se passava.
O veículo foi abandonado no local, Rua Bolívia, no Bairro Jardim Quisisana, e Andrea levada para execução, com um único tiro na cabeça, de um revólver calibre 38. O celular e a bolsa dela foram localizados em uma plantação da fazenda Manacá, na zona rural, alguns dias depois.
No dia 18 de janeiro, amigos e familiares saíram às ruas da cidade em uma manifestação pedindo a participação da população para que pudesse denunciar e ajudar com informações para que a polícia possa resolver o caso.
Uma semana e um dia após o assassinato, no dia 23 de janeiro, um crânio e parte de uma ossada humana foram encontrados em meio a um cafezal no distrito de Palmeiral, na cidade de Botelhos, a mais ou menos dois quilômetros da área onde os pertences da funcionária pública foram achados.
Recolhida, a prova do crime foi para a perícia no Instituto Médico Legal (IML) e no Instituto de Criminalística (IC), em Belo Horizonte, onde foram realizados exames de DNA, que confirmaram se tratar do cadáver da mulher.
Esse material, junto com um conjunto de provas, foi suficiente para a Corporação solicitar à Justiça as prisões temporárias dos suspeitos, que serão indiciados por homicídio qualificado, sequestro e ocultação de cadáver. Os dois “matadores de aluguel” assumiram o crime, enquanto João e Ednilson negaram participação.
Foto: Jéssica Balbino/G1