Na última quarta-feira, dia 20 de agosto, um padre da cidade de Formiga, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, confessou à Polícia Civil que praticava pedofilia. Por meio de mensagens pornográficas via celular e redes sociais, o pároco assediava um adolescente de 15 anos há dois meses. 

As investigações tiveram início quando a mãe do menor procurou a Delegacia com o conteúdo das conversas entre os dois, apresentando à delegada Luciana Souza, do Juizado Especial e Proteção à Família, pedidos de fotos sem roupa, de vídeos pornográficos e até de realização de sexo oral.

Foi aberto um inquérito e cumprido um mandado de busca e apreensão na casa do religioso. Recolhidos o notebook e o celular do suspeito, foram localizadas as mensagens pornográficas enviadas pelo mesmo. Na ocasião, ele assumiu a autoria do crime, e só não foi preso em flagrante por não ter ocorrido contato físico com o jovem, nem ser encontrada pornografia infantil nos materiais.

Durante o depoimento, o padre disse ainda que pediu para se afastar da igreja em 2010, quando não suportava mais a atração que sente por homens. Funcionário da Prefeitura da cidade, ele trabalhava na Biblioteca Pública Municipal e na quadra de esportes, local onde conheceu o adolescente e jogava futebol com a vítima e seus colegas.

Agora, a delegada entrará com pedido de medida cautelar para impedir que o suspeito se aproxime do menino. O inquérito policial deverá ser concluído dentro de 30 dias. O investigado nega a tentativa de assédio a outros garotos, mas pelo menos mais cinco serão ouvidos no decorrer dos trabalhos da Corporação. Existem modalidades de pedofilia, sendo o caso do religioso a mais branda, pois simplesmente estava assediando o menor.