A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (20) Waldinei Júnio Rodrigues, suspeito de matar o enteado, de apenas 11 anos, e simular um suicídio do garoto depois que ele já havia falecido. O crime ocorreu em 2010, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e após muitas investigações, foi possível chegar à conclusão que o padrasto é culpado. O assassino e a esposa viviam juntos há sete anos, e criavam os dois filhos da mulher, a vítima e outra menina de 10 anos, além do filho de apenas três anos do casal. No dia do crime, o homem saiu de casa para levar a cônjugue e o filho ao ponto de ônibus, para que estes fossem a uma consulta médica. Porém, antes de sair, discutiu com os enteados e disse que quando ele voltasse, iriam conversar sobre o comportamento deles. Ao retornar, Waldinei levou o enteado para o quintal, onde ele foi estrangulado. Ao perceber que o menino já estava morto, amarrou uma corda no pescoço do garoto e pendurou em uma árvore. Após fazer isso, ligou para sua esposa e contou o ocorrido. Apavorada, a mãe voltou para casa, ligou para o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), mas nada pôde ser feito. Desconfiada da versão do autor do crime e das contradições em sua fala, a Polícia fez várias investigações e provou que aquele nó dificilmente seria feito por uma criança e que as lesões eram incompatíveis com o suicídio. A participação da mãe até foi apurada, mas acabou descartada. Foi então que a Justiça determinou a prisão preventiva de Waldinei e localizou-o na casa de seus pais, no bairro São Gabriel, já que o casamento chegou ao fim após o apontarem como culpado. Depois de preso, ele foi encaminhado ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) São Cristóvão.