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Sob o comando dos delegados Alfeu Egídio e Samuel Neri, as investigações começaram em novembro de 2012, depois que Helenilson Eustáquio de Souza (conhecido como Bocaxa), foi morto no Aglomerado da Serra. Numa espécie de represália, já que Helenilson teria prestígio com traficantes da área, alguns ônibus começaram a ser incendiados na região. A partir daí, a Polícia Civil buscou identificar e prender quem havia emitido a ordem para o ataque aos coletivos. Através das apurações os investigadores acabaram desvendando o esquema do tráfico de drogas.
O trabalho que durou cerca de nove meses teve incursões constantes da Corporação no Aglomerado e com a troca de informações com a Polícia Militar foi possível identificar que os constantes crimes ocorridos no local estavam interligados. Os policiais diagnosticaram que os pequenos traficantes se juntaram a um grupo maior e mais organizado, que liderava o tráfico na região.
A Polícia formou um conjunto de provas e, com mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens dos envolvidos, prendeu Warley de Moura Pereira (conhecido como Zói), que morava numa casa com padrão de luxo e muito bem molibiada dentro do aglomerado. Outro suspeito é o gerente que dividia o comando operacional com Warley, Robert Costa Luiz Martins (conhecido como Papa). Os dois recebiam ordens dos líderes da quadrilha, identificados como Clébio Pereira Rosa (o Clebinho), que também está preso, e Alexandre Hermínio Rosa (o Alex), que está foragido. Alexandre integra o grupo dos 12 criminosos mais procurados de Minas, conforme já divulgado pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).
Os outros três suspeitos, classificados pela polícia como “apoiadores” do esquema do tráfico são: Matheus Felipe Trindade da Silva (o Baratão), Marcelo Emiliano Júnio Veloso (o Marcelo DJ) e Gustavo Rodrigo Silva. Os dois primeiros também estão presos, enquanto Gustavo permanece foragido. Com o grupo foram apreendidos 3,2 quilos de entorpecentes, entre maconha, cocaína e crack, cerca de R$7mil em dinheiro, dois automóveis e três motos, além de eletroeletrônicos, roupas e tênis de grife.
O delegado Neri, satisfeito com o resultado obtido, salientou: “ainda precisamos prender dois envolvidos, mas a cabeça do tráfico no aglomerado da Serra está cortada por essa operação, que ainda não terminou e pode ter outros desdobramentos e prisões”.
Foto: Pedro Triginelli