Policiais são acusados de entrar no mundo do crime, mas o que os levou a tais possíveis falhas? Por que eles não tiveram chance de recuperar? Por que não foram assistidos?
DOIS TRISTES FATOS. E A VERDADE?
Um dia destes, no programa Eduardo Costa, na Rádio Itatiaia, no horário de 13h às 14h, uma autoridade policial deu a seguinte entrevista: o policial W.W., era dependente químico de crack, se encontrava na mira de marginais da região oeste e estava licenciado, afastado de suas funções. (Veja matérias abaixo)
Pergunta-se:
_Se W.W. era dependente químico, porque não estava em tratamento em uma clínica especializada?
_Se o policial estava afastado de suas funções porque estava armado?
_Se já tinham conhecimento que o investigador estava na mira dos marginais, porque uma providencia não foi tomada antes deste lamentável fato vir a acontecer?
_Se Davidson Rodrigo Gomes estava cumprindo pena de oito anos, por tráfico de drogas, porque estava em liberdade condicional?
_E o menor autor de ato infracional foi liberado?
Repudiamos todos aqueles que vivem à margem da lei, mas, segundo informações, W.W. era doente, dependente químico de drogas e não um traficante. Em seu prontuário não consta nenhum tipo de crime. Era apenas um ser humano que precisava de ajuda.
Lamentamos profundamente a morte de mais um policial que se tornou refém da criminalidade. Daqui a alguns dias todos já esqueceram, o sr. Davidson Rodrigo já está nas ruas para traficar e matar novamente. Já estão distorcendo os fatos, o policial passou a ser o bandido e o bandido vem sendo tratado como herói, e será respeitado no meio da bandidagem.
No mesmo programa uma reportagem dizia: Policial é preso roubando grama. (Veja matérias abaixo) Não vamos citar o nome dos agentes, mas estamos tristes com essas ocorrências, ambos estavam em lugar errado e inadequado para os grandes heróis da Polícia Civil. Aqui não permitimos corrupção, seja ativa ou passiva, e nem aceitamos que sejam ceifadas vidas de qualquer cidadão.
Como dizia o saudoso Dr. Braúna: “Nós acreditamos em Deus, no homem e na Polícia”, mas é preciso a Justiça e a imprensa ajudarem a diminuir estas contradições de tratamento entre policiais e bandidos.
SUSPEITO DE EXECUTAR POLICIAL CIVIL EM BELO HORIZONTE É PRESO
Crime tem relação com drogas. O investigador Wellington Willian de Oliveira era dependente de crack e extorquia traficantes, por isso estava na mira de criminosos da Região Noroeste de BH. Ele foi executado a tiros no bairro Jardim São José.
A Polícia Civil apresentou o suspeito de matar a tiros o policial civil Wellington Willian de Oliveira, de 43 anos. Davidson Rodrigo Gomes, 24 anos, foi preso e nega a participação no crime dizendo que está servindo de “bode expiatório”. De acordo com o delegado Rodrigo Bossi, o investigador assassinado era dependente de crack e extorquia drogas de traficantes, por isso já estava na mira dos criminosos.
A execução do investigador, lotado na Segunda Delegacia de Polícia Civil Centro, aconteceu no bairro Jardim São José, Região Noroeste de Belo Horizonte, área onde o policial praticava as extorsões. De acordo com Bossi, o investigador trabalhou 21 anos na Corporação, mas estava afastado desde janeiro deste ano por causa da dependência química.
Ainda na noite do assassinato um rapaz de 19 anos e um adolescente de 14 foram detidos para prestar depoimento como testemunhas do crime. Um deles acabou dando pistas para a Polícia de como aconteceu a morte e informações sobre o autor dos disparos.
A Polícia conseguiu levantar a dinâmica do crime. Segundo o delegado Rodrigo Bossi, Wellington foi até uma boca de fumo procurando droga e os traficantes falaram que não tinha. O investigador foi atraído para um beco do aglomerado e no caminho acabou rendido. Um menor de 14 anos, envolvido na trama, arrancou a arma do policial, uma PT 380, e pouco depois, Davidson que também estava armado com uma pistola de mesmo calibre, executou o investigador com seis tiros. O adolescente chegou a prestar esclarecimentos no Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA-BH), mas foi liberado porque não participou efetivamente da morte.
Histórico - De acordo com a Polícia Civil, Davidson Rodrigo está em liberdade condicional desde 9 de outubro porque cumpre pena de uma condenação de oito anos por tráfico de drogas. Ele foi autuado por homicídio e encaminhado para o Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) Gameleira. Na apresentação à imprensa o suspeito assumiu o envolvimento passado com a criminalidade, mas nega ter matado o investigador.
POLICIAL CIVIL É PRESO FURTANDO GRAMA
Um policial civil foi preso porque segundo a Polícia Militar, estava furtando placas de grama às margens do Anel Rodoviário de Belo Horizonte. Gilson Carlos da Silva, 45 anos, junto com outros três comparsas, retirava o material no canteiro de obras da Via 210 no bairro Betânia, região oeste. O grupo foi flagrado por militares em patrulhamento na rodovia.
Conforme a PM, os militares viram uma caminhonete S10 e uma pickup Fiat estacionadas perto da obra da Prefeitura e resolveram verificar a situação. Segundo o boletim de ocorrência, os homens estavam recolhendo blocos de grama amontoados no canteiro e colocando na caçamba da pickup.
Quando abordados, os suspeitos não reagiram e se identificaram para os policiais. Três deles, Gilvan Vieira de Souza, 19 anos, Walasse dos Reis, 36 e um adolescente de 14 não portavam documentos e apenas informaram os nomes para os militares. Ao verificar a pickup, militares encontraram vários blocos já guardados para transporte. Também havia uma mochila preta com uma arma que segundo a PM, pertence ao policial Gilson Carlos que era o único que portava documentos e se identificou para os policiais.
De acordo com a PM, os quatro suspeitos disseram que pegaram a grama achando que não pertencia a ninguém. Todos foram detidos e encaminhados para o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA-BH). A pickup foi removida porque era usada para furto, mas a S10 acabou liberada pois estava em situação regular e nada foi encontrado em seu interior. Segundo a PM, representantes da Polícia Civil acompanharam o registro de ocorrência.
MATÉRIAS PUBLICADAS EM OUTUBRO DE 2013