Luciene Ramos Lima, de 24 anos, está presa por tortura/castigo praticado contra seu próprio filho, um bebê de um ano e nove meses. A suspeita teria queimado a perna da criança ao tentar remover uma tatuagem, que também não poderia ser feita em alguém tão novo.

Com exames de corpo de delito, constatou-se que o garoto foi queimada por um tipo de abrasivo, substância semelhante a ácido. Também encontraram outras lesões no corpo do bebê, o que não deixou dúvidas sobre a culpa de Luciene. Dessa forma, ela teve seu mandado de prisão expedido pela Justiça, a pedido do delegado Roberto Veran, titular da 2ª Delegacia Regional de Betim.

Ainda não foi identificado o local e nem a pessoa que teria feito o desenho, mas segundo a investigação, na perna da criança havia um coração e as letras Y.A.S, que são as iniciais do nome do atual companheiro da mulher. O pai da vítima atualmente também está preso, cumprindo pena por crime de receptação.

Encontrada na casa de amigos no Bairro Maribá, em Betim, a mulher foi presa e encaminhada ao Presídio Feminino Estêvão Pinto, no Bairro Horto. Mesmo com as evidencias apontando o contrário, Luciene nega o crime e alega que foi um acidente, quando o menino tentava subir na motocicleta do tio, que ainda estava quente. A pena prevista é de dois a oito anos de prisão. O antecedente por porte ilegal de arma complica ainda mais sua situação.

O outro filho da suspeita, um menino de cinco anos, está sob os cuidados de uma vizinha, enquanto a criança que sofreu a queimadura na perna está sob a guarda de uma família substituta, por decisão do Conselho Tutelar. O bebê terá seu destino definido pelo Juizado da Infância e da Juventude.

Foto: Beto Magalhães