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Associação dos Servidores da Polícia Civíl do Estado de Minas Gerais

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Mulher de auditor fiscal e mais dois presos por homicídio

13.10.2020

Foram apresentadas nesta segunda-feira, dia 21 de julho, no Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP), três pessoas presas por participarem da morte de um auditor fiscal da Prefeitura de Belo Horizonte em fevereiro deste ano. Alessandra Lúcia Pereira Lima, viúva da vítima, está entre os detidos.

Segundo as investigações, ela teria encomendado a morte do marido ao amante, um policial civil, que arquitetou o plano colocado em prática no Bairro Padre Eustáquio. A intenção dela era ficar com a herança, no valor de R$15 mil, após a morte do cônjuge.

Além disso, o funcionário público deveria receber algo em torno de R$135 mil de férias premium e, em caso de morte, o seguro deveria quitar um imóvel, no valor de R$400 mil, comprado pela vítima pouco tempo antes do acontecido.

O conchavo entre o casal e o envolvimento de outras pessoas foi descoberto a partir da quebra de sigilo telefônico e análise de imagens de câmeras. Em um período de 59 dias, foram mais de mil ligações e mensagens trocadas entre os dois, sendo 10 no dia do assassinato.

A mulher disse em depoimento à Polícia Civil, que no dia 18 de fevereiro, data do assassinato, acordou somente depois do crime, mas os registros mostram ligações e mensagens do telefone dela desde as 6h.

Os irmãos Flávio e Otávio Matos, de 39 e 36 anos, respectivamente, são os outros dois presos. Um deles é dono de uma oficina mecânica no Barreiro e o outro trabalha no estabelecimento. A Corporação descobriu que o carro de Otávio foi o veículo utilizado para o homicídio e a empresa de Flávio responsável pela descaracterização do mesmo posteriormente.

De acordo com o delegado da 6ª Delegacia Noroeste, Rodrigo Bossi, assim que Iorque Leonardo Barbosa Júnior, de 42 anos, saiu de casa para pegar o ônibus, Alessandra comunicou os executores de dentro de seu apartamento.  Sem fazer “tocaia”, eles chegaram ao local do crime poucos minutos antes da vítima, chamaram-no pelo nome, e dispararam sete tiros.

Tanto a mulher quanto os dois homens negam a participação, mas permanecem presos. Já no caso do investigador da PC, a localização e prisão estão sob responsabilidade da Corregedoria. Ainda teriam participado do crime outras duas pessoas. Uma delas está sendo procurada e é apontada como responsável pelos disparos. O sexto integrante ainda não foi identificado.

Foto: Divulgação/Polícia Civil