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Associação dos Servidores da Polícia Civíl do Estado de Minas Gerais

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Juiz de Fora: Pedreiro é preso por cárcere privado

13.10.2020

Um homem de 34 anos, que já esteve preso por estupro e estava solto há pouco tempo, foi detido nesta quinta-feira, dia 23 de outubro, pela Polícia Civil de Juiz de Fora. Ele é suspeito de manter mãe e filha em cárcere privado, em uma casa no Bairro Solidariedade. A mulher, de 24 anos, e a criança, de apenas dois, são do estado do Pará, e vieram para cá em virtude de um envolvimento da jovem com o criminoso pela internet.

Uma das vítimas e o pedreiro mantiveram um relacionamento virtual por cerca de três anos, até que ela decidiu, em agosto deste anos, vir para Minas Gerais. Chegando aqui, porém, não encontrou o que esperava, muito pelo contrário. Ao chegar na cidade, ela teve todos os documentos e cartões de crédito roubados, e a partir daí, ficou trancada com a filha em um imóvel pequeno, com apenas quatro cômodos. 

Durante três meses a mulher alimentou-se precariamente, à base de água e biscoito. A bebê, por sua vez, só não teve complicações maiores porque ainda mamava na mãe. Mesmo assim, ela foi encontrada em um estado de apatia e desnutrição. Segundo a delegada responsável pelo caso, Sheila Oliveira, os vizinhos disseram que não sabiam de nada, mesmo a residência estando em uma área cercada por outros imóveis. Ela acredita que eles tinham medo de acionar a PC.

O caso veio à tona depois que a vítima conseguiu pegar o chip do celular do suspeito enquanto ele estava sob efeito de drogas, e ligou para a mãe, na Região Norte do País. A Polícia do Pará registrou a ocorrência e a de Juiz de Fora conseguiu prender o suspeito em flagrante. A ação que resultou na prisão foi desencadeada pela Inspetoria Regional em parceria com a equipe da Delegacia de Homicídios.  

A paraense contou que sofria muitas agressões físicas do homem, que vivia bêbado ou drogado. Ainda por cima, ele vendia entorpecentes em sua casa. A perícia constatou que ela estava com vários hematomas pelo corpo, sendo o criminoso indiciado por cárcere privado e lesão corporal. Mãe e filha já voltaram para a terra natal com auxílio da família, que mandou as passagens.

A Corporação agora vai investigar como ele utilizava o celular de dentro do Ceresp, local para onde voltou. A delegada. a respeito de relacionamentos pelas redes sociais, disse: “É muito perigoso, porque, na internet, vale tudo. A pessoa cria uma situação imaginária, alguém que não é e, do outro lado, o outro acredita e acaba caindo em situações arriscadas e perigosas.

Foto: Reprodução/TV Integração