Já era madrugada quando Angellys Carla de Jesus saiu da casa onde morava com a madrasta em direção à residência de sua avó, uma idosa de 61 anos. Ao chegar ao local, a jovem pulou o muro para ter acesso a porta dos fundos, que por sinal estava destrancada. Ela seguiu até o quarto da avó, acordou-a e elas começaram a discutir. Alegando que estavam muito exaltadas e que poderiam chamar atenção dos vizinhos, a neta sugeriu que as duas fossem para rua. No caminho, a garota pegou a faca que seria usada para cometer o crime. Avó e neta caminharam cerca de 800 metros até chegarem a uma rua escura. Lá, a senhora foi atingida com golpes na cabeça, estrangulada, além de sofrer um corte no pescoço, o que culminou em sua morte. Essa é a reconstituição dos fatos que levaram a jovem de apenas 19 anos a ser presa em Ipanema, interior de Minas, na última semana. Aparentemente tranquila e acompanhada do delegado de Polícia Civil, Nilson Belmiro e de um perito, Angellys confessou o crime na Delegacia. Ela disse que teria usado drogas naquela noite e que sua  ida à casa da avó era em busca de dinheiro, entretanto as luvas levadas para esconder as digitais comprovam que ela já tinha planejado o homicídio, caracterizando-o como doloso, o que aumenta consideravelmente sua pena. A criminosa foi encaminhada para a cadeia pública da cidade, mas o delegado informou que ainda podem ter outros envolvidos no crime.