No dia 03 de maio deste ano, Mirian Márcia Tavares, de 42 anos, saiu de carro da casa onde morava, no Bairro Prado, em Belo Horizonte, e nunca mais foi vista. A mulher, que era tenente e trabalhava no Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica, na Região da Pampulha, ainda fez um depósito para a irmã e deixou uma carta para a família informando sobre o suicídio e que o veículo seria encontrado em uma estrada.

Na época do desaparecimento, a Polícia realizou buscas, mas não encontrou Mirian. Foi então que nesta quarta-feira, dia 12 de novembro, dois funcionários de uma empreiteira que realiza uma obra de um muro de arrimo para contenção na rodovia BR-356, em Itabirito, Região Central do Estado, avistaram um Palio cinza, placa HNY-3582 em uma ribanceira.

Os operários estavam esperando um ônibus para ir a Itabirito e perceberam um brilho no meio da mata. Desceram o barranco, mas como não sabiam do que se tratava, caminharam até um posto da Polícia Militar Rodoviária e comunicaram a descoberta. A Corporação e o Corpo de Bombeiros foram acionados e, perto do carro os agentes encontraram restos mortais de uma pessoa, provavelmente Tavares.

Os indícios apontam que deve ser mesmo o corpo da tenente, uma vez que o documento do veículo comprova que o ele pertence à militar. A polícia ainda localizou um cartão de crédito dela. De qualquer modo, a Polícia Civil removeu a ossada, em estágio avançado de decomposição, e encaminhou ao Instituto Médico Legal (IML) da Capital. Lá, será feito um exame de DNA para comprovação e a estimativa é que fique pronto em 30 dias. 

Tudo leva a crer que foi mesmo suicídio, tendo em vista as ações antes da mulher antes de sumir. Entretanto, a PC trabalha com a possibilidade de acidente de trânsito ou mesmo homicídio. As últimas ligações feitas por Mirian estão sendo investigadas e sua conta bancária monitorada. Segundo o delegado responsável pelo caso, os dados da militar chegaram a ser incluídos na lista da Interpol.

Foto: Wesley Rodrigues