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Associação dos Servidores da Polícia Civíl do Estado de Minas Gerais

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Imagens da Guarda Municipal resolvem caso em Ouro Preto

13.10.2020

Essa semana a Polícia Civil de Ouro Preto concluiu o inquérito que investigava a morte do adolescente Gabriel Fernandes Carvalho, de 17 anos, ocorrida durante o período do Carnaval na cidade histórica.

O delegado Ricardo Reis Neto, junto com seus investigadores, valeram-se das imagens disponibilizadas pela Guarda Municipal, depoimentos de testemunhas e do resultado da necropsia do corpo do garoto para concluir que ele não foi espancado ou sofreu qualquer tipo de agressão que poderiam ter culminado em seu óbito.

Foi constatado que o rapaz sofreu um mal súbito ao invés de apanhar até ficar inconsciente, como era a suspeita no início. Apesar de não ser portador de qualquer doença, a Corporação acredita que ele poderia sofrer de algum problema desconhecido ou o ataque ser fruto do consumo de bebidas alcóolicas associado ao uso de drogas em grande quantidade.

A ocorrência foi no dia 3 de março, data em que uma briga generalizada tomou conta da Rua Direita, no Centro de Ouro Preto. Entretanto, Gabriel não participou do tumulto, só aparecendo naquele local quando a confusão já tinha acabado.

Após a briga terminar, o menino começou a subir em direção à Praça Tiradentes, assim como alguns dos envolvidos na briga. De repente, o jovem cambaleou levemente para trás e caiu para diretamente no chão, chocando o rosto com muita força contra o calçamento.

O laudo do estudo do corpo revelou que não existiam traumas externos de grande ou moderada gravidade. As lesões externas constatadas, como fraturas em costelas, traumatismo craniano leve e cortes superficiais no queixo e no lábio apresentaram-se compatíveis com a massagem cardíaca para tentar voltá-lo à vida e com a violenta queda sofrida por ele durante o desmaio.

Já o uso de drogas ou álcool não pode ser comprovado pela Polícia, visto que as substâncias são eliminadas, segundo os médicos legistas, no tempo máximo de 72 horas. Como a morte se deu depois de seis dias de internação, foi impossível a análise.

Foto: Diogo Queiroga