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Associação dos Servidores da Polícia Civíl do Estado de Minas Gerais

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Homem preso por abusar da sobrinha

13.10.2020

Por meio da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Santa Luzia, a Polícia Civil apresentou esta semana o suspeito de pedofilia José Cardoso da Silva, de 48 anos. O homem é acusado de abusar sexualmente da própria sobrinha e de outras garotas, inclusive fora do país.

De acordo com a delegada Bianca Prado, o estuprador mora em São Gotardo, no Alto Paranaíba, e abusa da menor, hoje com 14 anos, desde que ela tinha quatro. Ela é filha do irmão de José, que mora em Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A menina resolveu acionar o Conselho Tutelar quando começou a namorar e percebeu a gravidade do que havia acontecido entre ela e o tio. Segundo ela, José Cardoso, inicialmente, beijava-a, se masturbava e depois passava sêmen nas partes íntimas dela. As relações sexuais com penetração, entretanto, só começaram a acontecer quando ela completou 10 anos.

O companheiro da garota achou muito estranho ela afirmar que precisava terminar um relacionamento que já durava uma década para ficar com ele, e pediu que ela explicasse a história. Segundo o suspeito, se trata de um homem de 59 anos, mas a delegada não confirmou a informação.

No exame de delito, o médico confirmou que a menor já tinha relações sexuais havia algum tempo, por meio de indícios como o hímen cicatrizado, o que não é comum em uma adolescente da idade dela.

Sem profissão fixa no Brasil, José foi tentar a vida em Boston, nos Estados Unidos, e por lá fez mais vítimas. O Facebook do suspeito é a principal prova de sua culpa, uma vez que tem diversas amigas com idades em torno dos 12, 13 anos, moradoras de São Gotardo, Santa Luzia e Boston.

Analisando o conteúdo das conversas entre o homem e as crianças, a responsável pelo caso se deparou com ele tentando fazer sexo virtual com as vítimas, pedindo para que tirassem a roupa, além da tentativa de marcar encontros. Cardoso ainda chamava-as de palavras carinhosas, como lindas e gostosas.

Os familiares da vítima negaram ter conhecimento do fato, mas foi encontrada uma ligação muito suspeita: o tio fornecia uma contribuição de R$ 2.000 à família dela todo mês, o que pode ter ajudado para que o crime fosse acobertado.

O suspeito está preso de forma preventiva em Ribeirão das Neves e aguarda o andamento do processo. Ele nega a doação de dinheiro, assim como diz não ter cometido o estupro.

Foto: Osvaldo Ramos