ASPCEMG

Associação dos Servidores da Polícia Civíl do Estado de Minas Gerais

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História de José Rosa Sales, o Sales "Pé Queimado"

13.10.2020

Quando esta coluna foi criada, jamais poderíamos imaginar o seu sucesso. Seus personagens foram e são escolhidos a dedo. Alguns são indicados pelo nosso presidente, José de Souza Lacerda, e outros pelo diretor do JORNAL SEGURANÇA. E cada um deles tem uma bonita história para contar a respeito da carreira nas fileiras da nossa honrosa Polícia Civil, tida e havida como uma das melhores do País. O nosso enfocado nesta edição tinha um perfil diferenciado por sua humildade e respeito no trato com seus colegas e as partes que o procuravam na Unidade em que trabalhava. A educação, respeito e ética faziam parte da herança trazida em sua bagagem da extinta Guarda Civil.

José Rosa de Sales (foto), o nosso querido Sales Pé Queimado, sempre foi um policial altamente operacional e, como tal, era rigoroso no trato com os criminosos. Sua participação em grandes serviços e diligências durante sua carreira fez dele um policial exemplar. Seus grandes feitos aconteceram na famosa Delegacia Especializada de Furtos e Roubos, o Kilo, como era chamado. E foi justamente no Setor (1) chefiado pelo lendário José Maria Caximbinho, que ganhou fama e o apelido de Sales Pé Queimado que, até nos dias atuais, rende precatadas nos mais afoitos, que atrevem chamá-lo desta maneira. A origem do apelido não revelamos. É uma história verídica. Mas vamos guardar segredo eterno em respeito a este grande colega.

José Rosa de Sales saiu de Furquim, no município de Mariana, sua terra natal, e veio ingressar nas fileiras da extinta Guarda Civil, no dia 3 de julho de l965. Chegou a trabalhar na Corporação por cinco anos. Em 1970, ela foi extinta e todo seu pessoal foi lotado no Corpo de Investigadores chefiado por José Nascentes Coelho, que tinha como assistente Celino.

Como investigador auxiliar, Sales prestou seus serviços na antiga Delegacia de Assistência Social, recolhendo mendigos do Centro da cidade e levando-os para o Abrigo Belo Horizonte, então chefiado pelo médico José Edson Cavaliere, que também era diretor da Penitenciária de Mulheres “Estevão Pinto”. Dali, Sales trabalhou na Delegacia de Menores, 2º Distrito Policial, com o delegado José Aparecida Vicentini, já falecido. Trabalhou com o inspetor José Feliciano Moreira, o Zé da Fita, estagiou na Delegacia de Vadiagem, no 6º Distrito na rua Pitangui, no Horto, onde funciona hoje o Sistema Carcerário dos Policiais Civis.

Mas foi a Furtos e Roubos que lhe deu fama. Conhecia todos os marginais, bem como seus “modus operandis”. Hoje José Rosa de Sales está aposentado como investigador de classe especial, porém merecia muito mais. É casado com Maria da Conceição Sales, sua conterrânea, e tem nos filhos Antônio Cesar, Ronaldo, Ana Paula, Mirian, Lilian e Agnaldo, e nos netos Lorrane, Nalanda, e Aline, seus maiores tesouros. Parabéns camarada Sales Pé Queimado por estar no meio de nós e ser admirado pela galera. KM