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Associação dos Servidores da Polícia Civíl do Estado de Minas Gerais

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Empresária presa por latrocínio em BH

13.10.2020

A Polícia civil, por meio do Departamento de Homicídios e de Investigação de Crimes contra o Patrimônio apresentou nesta segunda-feira, dia 9 de novembro, a empresária Kênia Mara de Souza, de 39 anos e seu ex-funcionário David de Oliveira, de 22, suspeitos de participarem do roubo seguido de morte de um motorista de caminhão em outubro, em Belo Horizonte.

Dona de uma empresa de transformadores e de caminhões Munck, veículos com guindastes específicos para o transporte de produtos pesados, a mulher foi contratada para descarregar dois transformadores industriais em uma empresa localizada no Anel Rodoviário. Interessada na carga, que valia cerca de R$360 mil, Kênia ordenou que seu ex-funcionário e um comparsa roubassem-na e levassem para sua empresa, a Prysma Transformadores, localizada no Bairro Castelo. A vítima José Carlos de Lima aguardava a abertura das portas da empresa para descarregar o material, quando os bandidos colocaram o plano em ação. Segundo o delegado Hugo Arruda, o caminhoneiro pode ter sido morto por tentar reagir.

As investigações começaram depois da denúncia da família e o corpo de José foi encontrado na Avenida Renato Azeredo, em Ribeirão das Neves, com um tiro na cabeça. Já as peças, estavam descaracterizadas no estabelecimento de Kênia e ela até ofereceu-as à firma que havia alugado os produtos e não recebeu. A estimativa é que ela recebesse R$37 mil mensais pelo aluguel dos transformadores roubados se os objetos não tivessem sido apreendidos pela Polícia a tempo.

Com um patrimônio estimado em R$5 milhões, a empresária é uma pessoa engenhosa e sua ficha criminal extensa. Uso de documento falso, falsificação de documento público, extravio, lavagem de dinheiro, estelionato, formação de quadrilha ou bando, comunicação falsa de crime, além de dois homicídios fazem parte da história negra de Kênia. O primeiro homicídio de um peixeiro no Bairro Bonfim, região Noroeste, porque a mulher e a vítima, Fábio Baptista de Mello, estavam travando uma batalha judicial. O outro, de um ex-funcionário que seria testemunha em um processo contra ela.

Kênia Mara nega a participação nos crimes, mas as investigações mostram provas e testemunhos fortes que a incriminam. A dupla está em prisão temporária de 30 dias. Ela foi encaminhada ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Centro-Sul e ele ao Ceresp da Gameleira. As investigações continuarão, visando localizar e prender uma terceira pessoa envolvida.

Foto: Paulo Henrique Vivas/O Tempo