Na última segunda-feira, dia 15 de setembro, um bebê de seis meses morreu em Papagaios. A partir daí, a Polícia Civil de Pará de Minas instaurou um inquérito para descobrir a causa da morte e, mesmo antes do prazo de 30 dias que tem direito por lei, o delegado responsável pelo caso já tem quase certeza de quem cometeu o crime.

Fracis Diniz Guerra acredita que a menina faleceu por esmagamento e sufocamento dos pais, que estavam embriagados, enquanto dormiam. A suspeita surgiu por a mãe ter entrado em contradição várias vezes durante seu depoimento. Em meio a várias versões, em determinado momento ela deixou escapar que passou o domingo bebendo com o marido na casa de uma vizinho, e que deitaram na cama com a filha quando chegaram.

Na quarta-feira, ainda foram ouvidas as enfermeiras que receberam a criança no Pronto Atendimento da cidade já sem vida há algum tempo, vizinhos, e outras pessoas que relataram maus-tratos. A Polícia Militar recebeu uma ligação anônima no dia da morte da garota contando do fato típico, e já haviam, inclusive, denúncias no Conselho Tutelar contra a mãe.

A necropsia apontou duas curiosidades. Primeiro que o neném não tinha nenhum alimento no estômago, o que comprova que ele ficou sem comer por várias horas. Segundo que a criança tem bronquiolite, uma doença no pulmão que dificulta a respiração. Essas informações reforçaram a convicção da causa do óbito, uma vez que o bebê estava vulnerável por fome e falta de remédios para controlar a doença. 

Durante os exames no IML, não foi constatado nenhum sinal de morte proposital. Assim, os pais foram presos e responderão por maus-tratos seguido de morte e negligência. Por mais que o pai não tenha sido o autor do crime, ele foi autuado por ser conivente com a situação. O homem foi encaminhado para a cadeia de Pitangui, e a mãe está no Presídio Pio Canedo, em Pará de Minas.

Foto: Divulgação/Polícia Civil