Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi palco de uma história trágica, envolvendo um cadeirante e seu cunhado assassino. Zeli Nunes dos Santos, de 55 anos, perdeu a perna em um acidente de trabalho há 15 anos.

André Ferreira da Cruz, autor do crime, saiu de Jaboticatubas para passar um tempo na cidade e foi trabalhar para Zeli, na serralheira que ele era dono, no Bairro São Gabriel. No dia 20 de janeiro, em busca de dinheiro fácil, o criminoso foi até a casa do deficiente físico para roubá-lo. Ao perceber que Zeli não entregaria a quantia de R$ 1 mil reais pedida por ele, André desferiu oito facadas contra a vítima, que faleceu ali mesmo.

O assassino voltou para a casa de sua irmã, ateou fogo nas roupas e voltou para Jaboticatubas, mas foi encontrado. Restos de uma calça queimada e botas cheias de sangue incriminaram André. Com um mandado de prisão temporária, os investigadores localizaram-o e efetuaram a prisão nesta terça-feira, dia 28. Na quarta, ele foi apresentado no Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP), no Bairro São Cristovão, na capital mineira.

Segundo o delegado que comandou a operação, Christiano Xavier, o cadeirante era querido pelos vizinhos e ajudava muito a família da namorada. Juntos há dois anos, ele comprou uma casa para a companheira, pagava um advogado para o irmão dela envolvido com o tráfico de drogas e ainda arrumou emprego para o que lhe matou. André confessou o crime e foi autuado em flagrante por latrocínio, roubo seguido de morte, e encaminhado ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Santa Luzia