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Associação dos Servidores da Polícia Civíl do Estado de Minas Gerais

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Congada: Polícia conclui inquérito de atropelamento

13.10.2020

A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu nesta segunda-feira, dia 05 de janeiro, o inquérito de um crime ocorrido no último dia 26 de dezembro em São Tomás de Aquino, município do interior mineiro. Cláudio Mumic Neto, atropelou 15 pessoas que participavam de uma festa que acontecia no Bairro Rosário. A rua estava interditada para a realização da congada, mas o motorista não percebeu e provocou a colisão.

Além de bater em um cavalete, e em outros três veículos, o homem causou a morte de Simone Martins, de 39 anos, alguns dias após o acidente. Além dela, seu marido foi transferido para o Hospital de Passos e está internado em estado grave na UTI. Silésio Martins, de 41 anos, já teve que amputar uma das pernas, corre o risco de ficar tetraplégico e ainda apresenta um quadro complicado de insuficiência renal. As vítimas que estão entre a vida e a morte não param aqui.

Na Santa Casa de São Sebastião do Paraíso, estão internados Jair dos Reis de Oliveira, de 49 anos, e Paulo César da Cruz, de 36. A situação do primeiro é muito pior que a do segundo, uma vez que também está na UTI e tem perigo de morte. Por outro lado, Paulo já foi transferido para a enfermaria, mesmo sem ter uma previsão de alta. Duas crianças estavam entre os atropelados, mas por sorte não tiveram maiores problemas. Elas estão em casa e passam bem.

Ambulâncias do hospital da própria cidade, do Corpo de Bombeiros e viaturas da Polícia Militar ajudaram no resgate de todos os vitimados. Entre eles estava o condutor do carro responsável pelo desastre. Examinado pelo médico, mesmo após quatro horas do acidente, Mumic ainda apresentava hálito de quem ingeriu bebida alcóolica, e o doutor relatou isso no prontuário preenchido e utilizado para investigação.

A Perícia constatou que não houve falha mecânica nem nos freios, nem no volante do automóvel, ou seja, a culpa foi mesmo do motorista. O delegado Rodrigo Bittar, responsável pelo caso, disse que a velocidade e os farois apagados, como foi possível analisar nas imagens de câmeras de segurança, são provas suficientes de que Neto estava embriagado. Dessa forma, ele deverá ser indiciado por homicídio doloso.

Os processos criminais e civis não param por aí. Além disso, Cláudio responderá por outras 14 tentativas de homicídio, por dano contra os veículos atingidos e por embriaguez ao volante, mesmo não tendo feito o teste do bafômetro. Se condenado, o homem poderá pegar de 12 a 30 anos de reclusão. Vale ressaltar que se alguém morrer no hospital a situação de Cláudio ficará ainda pior, e sua pena maior. 

Foto: Marlon Santiago/EPTV