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Associação dos Servidores da Polícia Civíl do Estado de Minas Gerais

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Carros clássicos são apreendidos em Operação Mustang

13.10.2020

A Polícia Civil de Minas Gerais, em uma ação conjunta com o Ministério Público (MP) e a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF), realizou nesta terça-feira, dia 30 de setembro, a Operação Mustang, apreendendo mais de 70 carros clássicos que valem cerca de R$20 milhões. Dois promotores de Justiça, dois delegados, 10 auditores fiscais e 13 agentes da Corporação participaram dos trabalhos.

A ação teve como objetivo o combate a crimes de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, e para isso cumpriu mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça em duas residências e na sede das empresas Pohlig Heckel e Movi MBC. A primeira está localizada em Contagem e a outra em Belo Horizonte, sendo que as duas juntas devem R$32 milhões de ativos desviados do tesouro público à Receita Estadual.

Os veículos apreendidos pertencem ao sócio majoritário e gestor dessas empresas. As investigações revelaram que para não ser pego, o homem transferiu grande parte de seu patrimônio ao filho e a outros familiares. Para se ter uma ideia, o jovem de 19 anos, que não ganha nem R$3 mil por mês, é dono de 77 carros de colecionador, três imóveis de alto valor e da própria empresa Movi MBC Sistema de Automação, que tem 11 carros antigos em seu nome.

Segundo o promotor do caso, Fábio Reis de Nazaré, entre as raridades apreendidas está um Rolls-Royce, que pertenceu à Rainha da Inglaterra Elizabeth II, com preço aproximado de R$800 mil. Um Chevrolet Camaro, usado nas filmagens de um dos filmes do 007, no valor de R$480 mil também fazia parte do patrimônio do suspeito. Ainda há mais carros para serem apreendidos em cidades do interior, como é o caso de Barbacena.

Na operação, os policias também apreenderam armas e munições, sem contar os R$140 mil que foram bloqueados da conta bancária do filho do empresário. A partir de agora, será instaurado o processo criminal, além do pedido de alienação dos automóveis. Os suspeitos envolvidos no esquema ilegal poderão responder por posse ilegal de arma de fogo, sonegação fiscal e lavagem dinheiro.

Foto: MPMG