Um jovem de apenas 19 anos foi preso pela Polícia Civil de Baependi, no Sul de Minas Gerais, por abusar sexualmente de pelo menos 22 meninos, com idade entre 10 e 14 anos. O técnico em informática confirmou os abusos, mas se mostrou arrependido. De qualquer forma, segundo a delegada responsável pelo caso, Simone Alhados Henrique, esse é um caso inédito de pedofilia, tendo em vista o número de alvos.

As investigações começaram quando a professora de uma das vítimas passou a observar o seu comportamento e achá-lo estranho. Quando perguntado, o garoto não conseguiu esconder aquilo que lhe apertava o peito, e acabou contando sobre o abuso para os pais. A Corporação foi acionada e a partir daí, instaurado um inquérito para averiguar a veracidade dos fatos e quantos outros menores teriam sofrido nas mãos do estudante.

Todos os meninos violentados foram ouvidos pelo Conselho Tutelar, e nenhum deles titubeou para apontar o responsável pelo crime. De acordo com o resultado dos trabalhos da PC, o homem agia da seguinte forma: fazia amizade com os garotos e até com a famílias dos mesmos, virava frequentador da residência das vítimas e, quando já tinha uma intimidade maior com elas, cometia os estupros.

A delegada, em entrevista, contou que desde a adolescência ele já tinha esse distúrbio, essa vontade excessiva por pessoas do sexo masculino e púberes, chegando ao ponto de abusar de uma criança de apenas quatro anos de idade. Relatou ainda que é um homem educado, de boa fala, acima de qualquer suspeita. Por segurança, seu nome não foi revelado, mas no momento da detenção, os moradores se revoltaram contra ele.

O estuprador ficará detido até o encerramento das investigações, sendo que a Delegacia de Polícia da Comarca de Baependi tem 10 dias para concluir o procedimento e encaminhá-lo ao Ministério Público. Se condenado por estupro de vulnerável, que de acordo como o artigo 217-A do Código Penal significa ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos, a pena do autor será de reclusão, de 8 a 15 anos. 

Foto: Reprodução/Globo Minas