ASPCEMG

Associação dos Servidores da Polícia Civíl do Estado de Minas Gerais

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Atletas da PC se destacaram na década de 60

13.10.2020
Lá pelos idos de 1966, a Polícia Civil não só era respeitada pelos malandros, como também possuía uma enorme fama de ter em suas fileiras atletas valorosos que representavam muito bem a Instituição nos mais variados tipos de esportes. E, sem sombras de dúvidas, deixaram saudades e marcaram época, como um dos mais festejados e brilhantes times de futebol, que treinava e jogava no antigo campo da Casa de Correições “Antonio Dutra Ladeira” na rua Gonçalves Dias, esquina de Rua Uberaba, no Bairro Prado. Ali concentravam os jogadores de malha, corredores de provas olímpicas, nadadores, mestres da “purrinha” e uma infinidade de inesquecíveis colegas, todos ligados instintivamente ao esporte.
 
Atletas valorosos como os lutadores Atraízo, que era o “homem mascarado”, Expedito, o “Índio”, “Bemoreira”, Frederico José do Nascimento, Hitler Fouad Nicolau Coury, que faziam uma das maiores movimentações no famoso Ginásio Paysandu, ao lado da antiga Feira de Amostras. Eles eram considerados os Reis do Ring. Ir ao ginásio para assistir às lutas livres era a predileção do povo belorizontino. Já os jogadores “Pelau”, Nilson Aladia da Cunha, alçou o cargo de delegado e faleceu recentemente em Pirapora. Ele foi um dos maiores beques e chegou inclusive a jogar no time do Cruzeiro Esporte Clube. Outro beque que jogou muita bola no Metalusina e no Renascença era o famoso “Zé Gaia”. Não podemos nos esquecer de outro moço que jogava muito e era considerado o “Capetinha”, dada à sua baixa estatura, que foi o famoso Júlio Alcântara que também jogou no profissional. Isto sem contar os grandes medalhistas dos esportes especializados, os jogadores de malha que tinham fama em várias capitais quando atuavam. Mas todo mundo gostava de ver mesmo eram os atletas dos times de futebol com os nossos astros, muitos dos quais se profissionalizaram e fizeram fama.
 
PLANTEL DE OURO - Estas e outras lembranças estão no registro secreto deste escriba. Sempre acompanhamos de perto o esporte na Polícia Civil, por isto, contamos neste espaço e retratamos com fidelidade todos estes acontecimentos. Hoje nós vamos falar de uma equipe que era comandada pelo eficiente técnico Orlandino, talvez melhor que muitos dos que existem nos dias atuais no circuito esportivo profissional.
 
A maioria de seus atletas era integrante da extinta Guarda Civil e possuíam um preparo físico invejável. Quem jogava no time principal era destaque em todas as rodas de conversas dos colegas do Departamento de Investigações. Ao todo eram oito equipes que se revezavam em seus jogos, tanto na Capital como no interior. Na segunda feira era só alegria e os incontidos abraços eram distribuídos fartamente aos grandes e famosos atletas. 
 
Uma equipe que os mais antigos se lembram com muita alegria, era o do técnico Orlandino, grande figura humana e um colega nota dez. Sob sua batuta ele tinha como titulares, em ordem de cima para baixo. Darcy, Afonso Muradas, Aderbal Jonusan (que foi secretário geral da Associação durante muitos anos), Geraldinho, Romeu Rocha, o “Cabeção”, um exemplo de policial, (que ao encerramento desta edição, fomos informados que se encontrava internado em hospital da Capital e rogamos as luzes que ele vença sua enfermidade), Campelo (que alçou o cargo de delegado) e o técnico Orlandino. Agachados: Geraldo, Ronaldo, Pelau, (que chegou ao profissionalismo), José Flávio, e finalmente Márcio Scarpone, que foi escrivão e depois foi a delegado. Esta foto foi clicada em 25 de agosto de 1966, depois de um grandioso jogo entre as equipes da seleção da cidade de Pompéu (que, segundo ficamos sabendo, jogou enxertada com quatro profissionais e, por isto, venceu a partida por 3 a 2) contra a nossa seleção do Departamento de Investigações. KM