As armas de brinquedo, sem dúvida, são "pratos cheios" para os assaltantes de todo País. Produzidas na China, elas são muito parecidas com as de verdade e dificilmente diferenciadas a olho nu. Sem controle e fiscalização efetiva nos comécios e nas fronteiras, muito vulneráveis devido á grande extensão das divisas, a venda ilegal das armas contrabandeandas e o uso das mesmas por bandidos continuam ocorrendo.
A solução mais plausível é criar leis, que inclusive já estão tramitando na Assembléia Legislativa, mas se o comércio informal não for reprimido, nada adiantará. O superintendente de Investigações e Polícia Judiciária, Jeferson Botelho, frisou que o uso de imitações é mais comum entre os menores, mas não deixa de ser um problema sério para a sociedade. É preciso controlar a venda principalmente pela internet.
Bandidos presos com armas de brinquedo são julgados por roubo simples, enquanto as armas reais qualificam o crime e aumentam suas penas. Dessa forma, as imitações de pistolas e fuzis vendidos nos shoppings populares da Capital são um grande atrativo aos criminosos.
Em São Paulo e no Distrito Federal, já é proibida a fabricação e comercialização de qualquer produto do tipo, até as coloridas. Aqui, por enquanto, a proposta foi considerada inconstitucional pela Comissão de Constituição e Justiça.
Mesmo com as armas de mentira, existem os ladrões que optam pelas que tem bala e matam, sendo beneficiados pelo mesmo agravante: a falta de fiscalização. A malha rodoviária federal, pela qual ocorre a maior parte do contrabando, cresceu 5.000 quilômetros nos últimos trinta anos. No mesmo período, o número de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) responsáveis pela fiscalização nessas estradas caiu 32%.
Essa é uma realidade que explica porque cada vez mais os assaltantes estão utilizando armas de guerra trazidas do exterior.
Como resolver? Como desarmar esses bandidos? Aumentar o efetivo da PRF é o principal, já que o Brasil é um país com dimensões continentais e cheio de rotas alternativas. Adotar punições mais rigorosas para quem usa as armas para propósito criminoso e realmente puní-los é outra medida que deveria ser tomada rapidamente. Quanto menos armas, menos crimes.