A Polícia Civil deflagrou na manhã desta terça-feira, dia 02 de dezembro, a Operação Papa Léguas, com o intuito de coibir a comercialização de anabolizantes e outros medicamentos de venda restrita pela internet. Na ação, uma das maiores quadrilhas de Minas Gerais foi desarticulada, sendo cinco pessoas presas em Barbacena, na Região Central, e outra em Paracatu, no Noroeste mineiro, por envolvimento na atividade ilícita.
As investigações feitas pelo Departamento de Investigação Antidrogas (DIA) começaram há cerca de dois anos. Segundo os trabalhos comandados pela delegada Verlaine Adrione, o crime ocorria da seguinte forma: por meio de três sites que o grupo tinha na internet, eles anunciavam suplementos alimentares e "bombas", como são popularmente chamados esses hormônios proibidos, sendo a remessa postal dos Correios a forma como faziam entregas em todos os cantos do Brasil. Encomendas para São Paulo, Rio e Mato Grosso do Sul estavam nos planos.
Emagrecedores ainda faziam parte da lista de produtos vendidos pelo bando, que responderá por tráfico de drogas, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O chefe do Departamento, delegado Marcio Lobato, explicou que os medicamentos estavam em condições precárias, sem nenhuma preocupação com higiene ou coisas do tipo, o que os tornava ainda mais nocivos quando injetados no corpo humano.
Fernando Luciano dos Santos, de 30 anos, e Silvio Tadeu Portes da Silva, de 33, são apontados como os líderes do grupo, comandando todo o esquema em sociedade. O primo de Fernando, Wellington Fernandes dos Santos, de 34 anos, e Guilherme da Costa Pinto Bortolusci, de 28, emprestavam seus nomes para toda a movimentação financeira, enquanto Silvania Cristina da Paz, 26, era responsável por guardar as mercadorias, e Felipe da Silva Neiva, de 26, pela operação e manutenção do site.
Eles chegaram a movimentar, só nos últimos três meses, cerca de R$350 mil. Depois da maior apreensão de anabolizantes já realizada no Estado em toda a história, a Corporação seguirá para a segunda parte da operação, que consiste em descobrir quem eram os fornecedores da quadrilha. Levados ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira, os presos estão à disposição da justiça.
Foto: Thais Pimentel