O delegado Pedro Paulo Marques, da Delegacia Especializada em Crimes Cibernéticos de Belo Horizonte, pretende abrir inquérito para tirar do ar um aplicativo de celular e um twitter que denunciam locais de blitz na Capital. O primeiro deles e há mais tempo em atividade é o BlitzBH, um perfil criado no twitter em que os seguidores repassam informações dizendo onde a Polícia dá batida na cidade. O outro caso é do aplicativo Waze, que é baixado em celular. Além de informações sobre trânsito, condições das vias, também repassa lugares onde estão ocorrendo blitz policiais. O BlitzBH conta com a ajuda de quase 70 mil seguidores, enquanto o Waze, já é usado por mais de um milhão de pessoas no país. Os idealizadores alegam que não têm a intenção de prejudicar o trabalho da Polícia, se defendendo com base no princípio da liberdade de expressão, entretanto o delegado afirma que eles estão prestando um desserviço à população, pois informam pessoas que estão infringindo a lei e até mesmo bandidos, ameaçando assim a Segurança Pública. O posicionamento de Pedro Paulo Marques é importante e deve fazer a população refletir. As pessoas pensam que estão fazendo algo para ajudar o próximo ou se beneficiando, saindo e bebendo, mas na verdade, além de burlar a lei no boicote às blitze, auxiliam os criminosos em sua fuga do cerco policial e colocam em risco a vida de inocentes que diariamente são vítimas de acidentes causados pela relação álcool-volante. Uma informação é o necessário para o motorista alcoolizado mudar sua rota e matar alguém. Apesar das críticas, se usados para o bem, os meios de comunicação são excelentes. Sem a conscientização, proibir e tornar crime as denúncias parece ser o único caminho para contê-las.